domingo, dezembro 23, 2007

FELIZ NATAL



E, por nós homens e para nossa salvação, desceu dos Céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e Se fez homem.
Simbolo Niceno-Constantinopolitano


Nesta Noite, todos e cada um dos homens recebem o Dom maior que pode haver! O próprio Deus se torna Dom para o homem. Ele faz de Si mesmo o Dom para a natureza humana. Entra na história do homem, não já simplesmente mediante a palavra que d'Ele provém e chega ao homem, mas mediante o Verbo que se fez homem.
Pergunto a todos vós: tendes a consciência deste Dom? Estais prontos a corresponder com o dom ao Dom, à semelhança do que fazem aqueles pastores de Belém...?
João Paulo II, Homilia, 1980.12.24


Votos de um Santo Natal e um ano de 2008 cheio de graças do Menino Jesus,
Pe. José Alfredo Patrício

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Aproximar de Cristo


Apareceram uns homens que traziam um paralítico num catre e procuravam fazê-lo entrar e colocá-lo diante dele. Não achando por onde introduzi-lo, devido à multidão, subiram ao tecto e, através das telhas, desceram-no com a enxerga, para o meio, em frente de Jesus. Vendo a fé daqueles homens, disse: «Homem, os teus pecados estão perdoados.»
(Lc 5, 18-20)

«Aproximar os nossos amigos de Cristo é, muitas vezes, levá-los a receber o sacramento da Penitência, um dos maiores bens que o Senhor deixou à sua Igreja. Poucas ajudas tão grandes, talvez nenhuma, podemos prestar a esses amigos como a de animá-los a aproximar-se da Confissão. Umas vezes, teremos que ajudá-los delicadamente a fazer um bom exame de consciência; outras, acompanhá-los até o lugar em que o sacerdote os espera; outras ainda, dirigir-lhes apenas uma palavra de estímulo e de afeto, juntamente com uma breve e adequada catequese sobre a natureza e os bens deste sacramento.»
Francisco Fernandez Carvajal, Amigos de Deus.

segunda-feira, novembro 26, 2007

"Ofereceu tudo quanto possuía..."


«Em verdade vos digo: Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Todos eles deram do que lhes sobrava; mas ela, na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver».
(Lc 21, 3-4)

"O Senhor não olha à quantidade que Lhe é oferecida, mas ao afecto com que a gente Lhe oferece. Não está a esmola em dar pouco do muito que se tem, mas em fazer o que fez aquela viúva, que deu tudo o que tinha"
S. João Crisóstomo, Hom. sobre Heb, 1.

quarta-feira, novembro 21, 2007

«É preciso mudar!»


«É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II, na qual esteja bem estabelecida a função do clero e do laicado, tendo em conta que todos somos um, desde quando fomos baptizados e integrados na família dos filhos de Deus, e todos somos corresponsáveis pelo crescimento da Igreja.»

Os elementos essenciais do conceito cristão de «comunhão» encontram-se neste texto da primeira Carta de São João: «O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão connosco. Quanto à nossa comunhão, ela é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo» (1, 3). Sobressai aqui o ponto de partida da comunhão: está na união de Deus com o homem, que é Cristo em pessoa; o encontro com Cristo cria a comunhão com Ele mesmo e, n’Ele, com o Pai no Espírito Santo. Vemos assim – como escrevi na primeira Encíclica – que, «ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa [Jesus Cristo] que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo» (Deus caritas est, 1); a evangelização da pessoa e das comunidades humanas depende, absolutamente, da existência ou não deste encontro com Jesus Cristo.


Bento XVI, Discurso de Bento XVI aos bispos portugueses, 2007.11.10

sexta-feira, novembro 16, 2007

Assembleia Geral do Clero da Diocese de Lamego


No dia 17 de Novembro, terá lugar a Assembleia Geral do Clero da Diocese de Lamego, que decorrerá no Seminário Maior.
Sob a presidência do Sr. Bispo, D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, todos os sacerdotes da Diocese ou, pelo menos, a maioria, marcarão presença neste encontro que tem por objectivo iniciar um processo de estudo sobre a realidade social, cultural e pastoral da Diocese, tendo em vista encontrar soluções que tornem mais eficaz a evangelização da nossa Diocese.
Pedem-se, por isso, orações para que o Espírito Santo ilumine todos aqueles que são chamados a tomar decisões na nossa Diocese para que, desta Assembleia, possam sair abundantes frutos que a todos ajudem a procurar, conhecer e amar mais a Nosso Senhor Jesus Cristo.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Gratidão


«Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; 16caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. 17Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» 19E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»
(Lc 17, 15-19)

«Jesus não foi indiferente aos pormenores de educação que se têm entre os homens e que expressam a qualidade e a delicadeza interior das pessoas. Assim o manifestou diante de Simão, o fariseu, que não teve com Ele as atenções exigidas habitualmente pela hospitalidade. Com a sua vida e com a sua pregação, revelou apreço pela amizade, pela amabilidade, pela temperança, pelo amor à verdade, pela compreensão, pela lealdade, pela laboriosidade... São numerosos os exemplos e parábolas que refletem o grande valor que o Senhor deu a essas virtudes. E forma os Apóstolos não só nas virtudes da fé e da caridade, mas também na sinceridade e na nobreza3, na ponderação do juízo4, etc. Considera tão importantes essas virtudes humanas que chegará a dizer-lhes: Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me acreditais, como acreditareis se vos falar das celestes?5 Cristo, perfeito Deus e perfeito homem6, dá-nos exemplo desse conjunto de qualidades bem entrelaçadas que qualquer homem deve viver nas suas relações com Deus, com os seus semelhantes e consigo próprio. DEle pôde-se proclamar: Bene omnia fecit7, fez bem todas as coisas; não somente os milagres por meio dos quais manifestou a sua onipotência divina, mas também as ações que compõem a vida corrente. O mesmo se deveria poder afirmar de cada um de nós, que queremos segui-lo no meio do mundo.»
Francisco Fernandez Carvajal, in Falar com Deus

segunda-feira, novembro 12, 2007

A Igreja e o Estado

A Igreja tem em Portugal uma vastíssima acção social, com enormes benefícios para toda a comunidade. Na saúde, educação e imprensa, no património, animação cultural e assistência, no combate à pobreza, solidão e doença, nas prisões, hospitais, forças armadas, nas capelas mortuárias e cemitérios.

A esmagadora maioria das IPSS, creches, ATL, centros de dia e jornais regionais pertencem à Igreja. Uma enorme percentagem das escolas privadas, clínicas, grupos culturais, apoios domiciliários são animados pelos cristãos. Houve tempos em que a fé era simplesmente a vida, sem se dar pela diferença. Hoje, que gostamos de contabilizar essas coisas, a influência da Igreja é literalmente incalculável. Apesar disso, provavelmente por causa disso, a animosidade contra a Igreja permanece palpável, sobretudo em certas épocas.

O método tradicional é o lento estrangulamento. O Estado tributa furiosamente para depois com esse dinheiro fazer mal aquilo que a Igreja faz bem. Entretanto os inspectores paralisam as instituições católicas com regulamentos e exigências tolas.

Este método tem a vantagem de fingir que se faz política social e promoção da qualidade. O mais incrível é a flagrante insensibilidade para com a sorte e o bem-estar dos pobres, doentes, crianças, necessitados, que se diz proteger mas são usados como joguete na campanha ideológica.

Ultimamente avançou-se para um confronto mais aberto. Em nome da igualdade abstracta das religiões oprime-se a única que tem real expressão social. Os capelães hospitalares, prisionais e castrenses fazem um serviço inestimável e insubstituível. O Estado decide intrometer-se na intimidade das pessoas só para complicar e estragar.


João César das Neves, in Diário de Notícias

Semana de Oração pelos Seminários



De 11 a 18 de Novembro realiza-se a Semana de Oração pelas Vocações, na qual todos somos convidados a seguir o convite que Jesus deixou aos seus discípulos: "Pedi ao Senhor da Messe que mande operários para a sua ceara" (Lc 10, 2).

Jesus não é uma teoria, nem é um mito. É uma Pessoa! Uma Pessoa que continua a atrair: "Eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a Mim!"

A figura de Cristo é extremamente atraente, porque Ele não só continua a ensinar os valores mais verdadeiramente humanos como continua a dar a Sua vida por esses mesmos ideais.

E continua a passar ao nosso lado, a convidar sem obrigar, a chamar sem imposições, a bater sem arrombar os corações.

É, por isso, necessário rezar e pedir a Nosso Senhor que não deixe de chamar os nossos jovens para, também no futuro, termos sacerdotes que sejam, no meio de nós, sinal vivo da presença de Cristo no meio de nós, que somos o seu povo.

Créditos
Seminário Menor de Resende
Semana dos Seminários
Blog do reitor do Seminário de Lamego

segunda-feira, outubro 29, 2007

Olhar para o Alto


«Mulher, estás livre da tua enfermidade»; e impôs-lhe as mãos. Ela endireitou-se logo e começou a dar glória a Deus. Mas o chefe da sinagoga, indignado por Jesus ter feito uma cura ao sábado.»
(Lc 13, 12-14)

“Quem está encurvado olha sempre para a terra, e quem olha para baixo não se lembra do preço pelo qual foi redimido”
São Gregório Magno, Homilias sobre os Evangelhos, 31, 8

quarta-feira, outubro 24, 2007

Fidelidade


A quem muito foi dado, muito será exigido; a quem muito foi confiado, mais se lhe pedirá».
(Lc 12, 48)

“Cada homem, cada mulher é como um soldado que Deus destaca para velar por uma parte da fortaleza do Universo. Uns estão nas muralhas e outros no interior do castelo, mas todos devem ser fiéis ao seu posto de sentinela e não abandoná-lo nunca; caso contrário, o castelo ficará exposto aos assaltos do inferno”.
(Autor desconhecido)

terça-feira, outubro 23, 2007

Vigiai e orai


«Felizes esses servos, que o senhor, ao chegar, encontrar vigilantes.»
(Lc 12, 37)

“Vigiar é próprio do amor. Quando se ama uma pessoa, o coração está sempre vigilante, esperando-a, e cada minuto que passa sem ela é em função dela e transcorre em vigilância [...].
Jesus pede amor. Por isso solicita vigilância”
Chiara Lubich, Meditações

quinta-feira, outubro 18, 2007

Festa de S. Lucas, Evangelista


«A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara.»
(Lc 10, 3)

“– O Senhor chamou-nos, a nós católicos, para que O seguíssemos de perto; e, nesse Texto Santo, encontras a Vida de Jesus; mas, além disso, deves encontrar a tua própria vida.
Aprenderás a perguntar tu também, como o Apóstolo, cheio de amor: «Senhor, que queres que eu faça?...» A Vontade de Deus!, ouvirás na tua alma de modo terminante.
Pois bem, pega no Evangelho diariamente, e lê-o e vive-o como norma concreta. – Assim procederam os santos”
S. Josemaria Escrivá, Sulco, 764

quarta-feira, outubro 17, 2007

Dia Mundial das Missões



No próximo domingo, celebramos o Dia Mundial das Missões. Na Mensagem que escreveu para este dia, o Santo Padre Bento XVI refere que «não cessam de ecoar, como chamada universal e apelo urgente, as palavras com as quais Jesus Cristo, crucificado e ressuscitado antes de subir ao Céu, confiou aos Apóstolos o mandamento missionário: "Ide, pois, ensinai todas as nações, baptizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo ensinando-as a cumprir tudo quanto vos tenho mandado". E acrescentou: "Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo" (Mt 28, 19-20).»

Todos os cristãos são, por isso, convidados a rezar para que a Boa Nova, que é o Evangelho, seja anunciada em todo o mundo. Além disso, na Santa Missa do próximo domingo, essa oração será acompanhada por uma oferta voluntária que permita ajudar aqueles que anunciam o Evangelho nas terras de missão.

Documentação
Obras Missionárias Pontifícias
Mensagem do Santo Padre para o Dia Mundial das Missões
Decr. Apostolicam actuositatem do Concílio Vaticano II

terça-feira, outubro 09, 2007

Marta e Maria


«Marta, Marta, andas inquieta e preocupada com muitas coisas, quando uma só é necessária. Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada».Lc 10, 42

"Marta ocupava-se em muitas coisas, dispondo e preparando a refeição do Senhor. Pelo contrário, Maria preferiu alimentar-se do que dizia o Senhor. Não reparou de certo modo na agitação contínua de sua irmã e sentou-se aos pés de Jesus, sem fazer outra coisa senão escutar as Suas palavras. Tinha compreendido de forma fidelíssima o que diz o Salmo: 'Descansai e vede que Eu sou o Senhor' (Ps 46,11). Marta consumia-se, Maria alimentava-se; aquela abarcava muitas coisas, esta só atendia a uma. Ambas as coisas são boas"
Santo Agostinho, Sermão 103

Créditos:
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