segunda-feira, novembro 26, 2007

"Ofereceu tudo quanto possuía..."


«Em verdade vos digo: Esta viúva pobre deu mais do que todos os outros. Todos eles deram do que lhes sobrava; mas ela, na sua penúria, ofereceu tudo o que possuía para viver».
(Lc 21, 3-4)

"O Senhor não olha à quantidade que Lhe é oferecida, mas ao afecto com que a gente Lhe oferece. Não está a esmola em dar pouco do muito que se tem, mas em fazer o que fez aquela viúva, que deu tudo o que tinha"
S. João Crisóstomo, Hom. sobre Heb, 1.

quarta-feira, novembro 21, 2007

«É preciso mudar!»


«É preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial portuguesa e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II, na qual esteja bem estabelecida a função do clero e do laicado, tendo em conta que todos somos um, desde quando fomos baptizados e integrados na família dos filhos de Deus, e todos somos corresponsáveis pelo crescimento da Igreja.»

Os elementos essenciais do conceito cristão de «comunhão» encontram-se neste texto da primeira Carta de São João: «O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão connosco. Quanto à nossa comunhão, ela é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo» (1, 3). Sobressai aqui o ponto de partida da comunhão: está na união de Deus com o homem, que é Cristo em pessoa; o encontro com Cristo cria a comunhão com Ele mesmo e, n’Ele, com o Pai no Espírito Santo. Vemos assim – como escrevi na primeira Encíclica – que, «ao início do ser cristão, não há uma decisão ética ou uma grande ideia, mas o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa [Jesus Cristo] que dá à vida um novo horizonte e, desta forma, o rumo decisivo» (Deus caritas est, 1); a evangelização da pessoa e das comunidades humanas depende, absolutamente, da existência ou não deste encontro com Jesus Cristo.


Bento XVI, Discurso de Bento XVI aos bispos portugueses, 2007.11.10

sexta-feira, novembro 16, 2007

Assembleia Geral do Clero da Diocese de Lamego


No dia 17 de Novembro, terá lugar a Assembleia Geral do Clero da Diocese de Lamego, que decorrerá no Seminário Maior.
Sob a presidência do Sr. Bispo, D. Jacinto Tomás de Carvalho Botelho, todos os sacerdotes da Diocese ou, pelo menos, a maioria, marcarão presença neste encontro que tem por objectivo iniciar um processo de estudo sobre a realidade social, cultural e pastoral da Diocese, tendo em vista encontrar soluções que tornem mais eficaz a evangelização da nossa Diocese.
Pedem-se, por isso, orações para que o Espírito Santo ilumine todos aqueles que são chamados a tomar decisões na nossa Diocese para que, desta Assembleia, possam sair abundantes frutos que a todos ajudem a procurar, conhecer e amar mais a Nosso Senhor Jesus Cristo.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Gratidão


«Um deles, vendo-se curado, voltou, glorificando a Deus em voz alta; 16caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-lhe. Era um samaritano. 17Tomando a palavra, Jesus disse: «Não foram dez os que ficaram purificados? Onde estão os outros nove? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, senão este estrangeiro?» 19E disse-lhe: «Levanta-te e vai. A tua fé te salvou.»
(Lc 17, 15-19)

«Jesus não foi indiferente aos pormenores de educação que se têm entre os homens e que expressam a qualidade e a delicadeza interior das pessoas. Assim o manifestou diante de Simão, o fariseu, que não teve com Ele as atenções exigidas habitualmente pela hospitalidade. Com a sua vida e com a sua pregação, revelou apreço pela amizade, pela amabilidade, pela temperança, pelo amor à verdade, pela compreensão, pela lealdade, pela laboriosidade... São numerosos os exemplos e parábolas que refletem o grande valor que o Senhor deu a essas virtudes. E forma os Apóstolos não só nas virtudes da fé e da caridade, mas também na sinceridade e na nobreza3, na ponderação do juízo4, etc. Considera tão importantes essas virtudes humanas que chegará a dizer-lhes: Se vos tenho falado das coisas terrenas e não me acreditais, como acreditareis se vos falar das celestes?5 Cristo, perfeito Deus e perfeito homem6, dá-nos exemplo desse conjunto de qualidades bem entrelaçadas que qualquer homem deve viver nas suas relações com Deus, com os seus semelhantes e consigo próprio. DEle pôde-se proclamar: Bene omnia fecit7, fez bem todas as coisas; não somente os milagres por meio dos quais manifestou a sua onipotência divina, mas também as ações que compõem a vida corrente. O mesmo se deveria poder afirmar de cada um de nós, que queremos segui-lo no meio do mundo.»
Francisco Fernandez Carvajal, in Falar com Deus

segunda-feira, novembro 12, 2007

A Igreja e o Estado

A Igreja tem em Portugal uma vastíssima acção social, com enormes benefícios para toda a comunidade. Na saúde, educação e imprensa, no património, animação cultural e assistência, no combate à pobreza, solidão e doença, nas prisões, hospitais, forças armadas, nas capelas mortuárias e cemitérios.

A esmagadora maioria das IPSS, creches, ATL, centros de dia e jornais regionais pertencem à Igreja. Uma enorme percentagem das escolas privadas, clínicas, grupos culturais, apoios domiciliários são animados pelos cristãos. Houve tempos em que a fé era simplesmente a vida, sem se dar pela diferença. Hoje, que gostamos de contabilizar essas coisas, a influência da Igreja é literalmente incalculável. Apesar disso, provavelmente por causa disso, a animosidade contra a Igreja permanece palpável, sobretudo em certas épocas.

O método tradicional é o lento estrangulamento. O Estado tributa furiosamente para depois com esse dinheiro fazer mal aquilo que a Igreja faz bem. Entretanto os inspectores paralisam as instituições católicas com regulamentos e exigências tolas.

Este método tem a vantagem de fingir que se faz política social e promoção da qualidade. O mais incrível é a flagrante insensibilidade para com a sorte e o bem-estar dos pobres, doentes, crianças, necessitados, que se diz proteger mas são usados como joguete na campanha ideológica.

Ultimamente avançou-se para um confronto mais aberto. Em nome da igualdade abstracta das religiões oprime-se a única que tem real expressão social. Os capelães hospitalares, prisionais e castrenses fazem um serviço inestimável e insubstituível. O Estado decide intrometer-se na intimidade das pessoas só para complicar e estragar.


João César das Neves, in Diário de Notícias

Semana de Oração pelos Seminários



De 11 a 18 de Novembro realiza-se a Semana de Oração pelas Vocações, na qual todos somos convidados a seguir o convite que Jesus deixou aos seus discípulos: "Pedi ao Senhor da Messe que mande operários para a sua ceara" (Lc 10, 2).

Jesus não é uma teoria, nem é um mito. É uma Pessoa! Uma Pessoa que continua a atrair: "Eu, quando for elevado da terra, atrairei todos a Mim!"

A figura de Cristo é extremamente atraente, porque Ele não só continua a ensinar os valores mais verdadeiramente humanos como continua a dar a Sua vida por esses mesmos ideais.

E continua a passar ao nosso lado, a convidar sem obrigar, a chamar sem imposições, a bater sem arrombar os corações.

É, por isso, necessário rezar e pedir a Nosso Senhor que não deixe de chamar os nossos jovens para, também no futuro, termos sacerdotes que sejam, no meio de nós, sinal vivo da presença de Cristo no meio de nós, que somos o seu povo.

Créditos
Seminário Menor de Resende
Semana dos Seminários
Blog do reitor do Seminário de Lamego